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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Conflito interior

Obra: "Blue Motion" de Salvador Dali

O pior dos conflitos... 
É o conflito interior
Quando lutamos contra nós próprios.

Argumenta-se de um lado...
Argumenta-se de outro... 
Então, em que lado devo ficar?
Quem ganha a luta?
 
Por vezes, é como se eu fosse duas pessoas dentro de uma só!
São duas vozes que soam diferente...
Querem o oposto uma da outra...
Uma diz sim
A outra diz não!

Como saber que voz ouvir, se as duas parecem me dizer tudo aquilo que é correcto fazer... 
Ambas dizem tudo aquilo que eu quero pra mim...

Torna-se uma batalha sem vencedores...
Mas com um ferido... 
ou melhor...
um desnorteado...
desequilibrado...
louco


Aninha

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Como se chama?

Fonte: Ana Sousa


O sentimento de cuidado
de saudade
de proteção

O sentimento de posse
de ciúmes
de medo 
de angústia
de raiva 

O sentimento de compreensão
de compaixão
de carinho
de tesão

Como se pode designar em uma só palavra quando todos estes sentimentos encontram-se juntos, direcionados a uma só pessoa, e, em simultaneo
dentro do coração... 
dentro da mente... 
dentro da alma...


Aninha

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O medo do medo



E eis que de repente surge
um sentimento do qual até então era-me desconhecido: 
O medo

Não um medo de algo presente... 
Mas sim
O medo do desconhecido...
...apesar de ter os planos e os pés bem assentes no chão...
Apenas o medo de não ter tudo aquilo que quero...
O medo de querer sempre mais... 
E isto nunca mais cessar.

Este medo me faz sentir um desconforto e uma inconformidade latentes.
Isto, pelo simples facto de este sentimento - o medo - ter um dia feito parte da minha vida de uma forma diferente... de ter estado presente no meu dia a dia... de ter sido uma das razões das quais me faziam respirar com entusiasmo... era puramente sentido através de um panorama completamente diferente...
O medo para mim era excitante!
Excitante ao ponto de sentir a necessidade de ter medo de algo para que a minha vida tivesse alguma emoção. O suspiro profundo do medo era o meu oxigenio.

O meu próprio ser... o meu eu prega-me uma peça! Grande armadilha hã!
Isso quer dizer então que não posso confiar em mim própria... 
Mas disso eu já sabia há muito...

O que fazer agora, oh senhora corajosa, imbatível e atrevida...
Que tem medo do próprio medo que ainda não ali está?!?!


Aninha

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Pequenos sonhos

Fonte: Ana Sousa

Ele era apenas um menino

Um menino que tinha um mundo inteiro nas palmas de suas mãos
pois tudo o que ele mais desejava no mundo cabia nelas
de tão pequenos que estes sonhos eram...
Mas apesar de pequeninos, para o menino, os sonhos eram enormes!
Tão grandes que completavam o seu mundo
apesar de caberem nas palmas das mãos.

Mas um certo dia ouviu dizer que a realidade do mundo em que ele vivia, o seu mundo com os pequenos sonhos, não era real...

Que o mundo dele não era real.
Não era sufuciente.
Mas para ele era.

Então achou que deveria descobrir os grandes sonhos...
Descobrir o mundo real de que tanto ouvira falar.

E descobriu!

Descobriu que o mundo real e os grandes sonhos dos quais havia ouvido falar não eram reais!!!

Então quis voltar.
Voltar na máquina do tempo onde o levaria para um lugar.
Aquele mesmo lugar que o fazia sonhar...
e que os sonhos eram enormes apesar de caberem nas palmas das suas mãos... pois completavam o seu mundo.

Ele tentou voltar...
...tarde demais...



Aninha

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Alegria!

Fonte: Ana Sousa 

Na pessarela da vida... eis que desfilo com o meu troféu... que para todos não vale um centimo sequer, mas para mim, vale o mundo inteiro... Por isso exibo-o... e me exibo com tanta alegria, pois a felicidade está na simplicidade daquilo que nos passa despercebido... aquilo que nos faz realmente feliz.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Fonte: Execução própria

Há pouco tempo passei a perceber que
São egoístas aqueles que vivem no calabouço de suas próprias angústias apenas...
E também senti que
Os que atuam na dor e angústias dos outros, acabam por aliviar a própria dor.

Existirá uma distante possibilidade de arrependimento, por ter tomado esse caminho...
Nunca saberei exatamente o que me aguarda.
Mas viver para doar sonhos, ainda que tenha seus riscos, talvez seja o melhor "negócio" que fiz na minha vida.
Apesar de me faltar espaço para ter os meus próprios sonhos...


Aninha

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Grande Nero... O Único!!!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

"Temos de distinguir as formas diferentes de sofrimento (...), caso contrário, a nossa própria compaixão vai pregar-nos uma partida. Se não repararmos que uma pessoa que sofre tem, na verdade, pena de si própria por uns jogos de poder terem fracassado, a nossa compaixão só vai reforçar o seu desprezo sem a ajudar verdadeiramente. Estas pessoas são, por exemplo, os melhores candidatos para a terapia dos comprimidos. É que com, fármacos, consegue-se muito bem suprimir as tensões interiores. Tal género de «cura» é uma «arma que protege as pessoas do conflito fundamental em vez de os favorecer» (...). Com terapias farmacológicas só ajudamos a evitar a vida. O seu falhanço é evidente se considerarmos que prometem ao doente torna-lo tão «eficiente» como já estivera." (Arno Gruen, 1995 : 68 - 69)

domingo, 5 de junho de 2011

A Implosão da Mentira ou o Episódio do Riocentro

 Fonte: http://estilhacosdeumavida.blogspot.com



Fragmento 1

Mentiram-me. Mentiram-me ontem
e hoje mentem novamente. Mentem
de corpo e alma, completamente.
E mentem de maneira tão pungente
que acho que mentem sinceramente.

Mentem, sobretudo, impune/mente.
Não mentem tristes. Alegremente
mentem. Mentem tão nacional/mente
que acham que mentindo história afora
vão enganar a morte eterna/mente.

Mentem. Mentem e calam. Mas suas frases
falam. E desfilam de tal modo nuas
que mesmo um cego pode ver
a verdade em trapos pelas ruas.

Sei que a verdade é difícil
e para alguns é cara e escura.
Mas não se chega à verdade
pela mentira, nem à democracia
pela ditadura.

 

Fragmento 2

Evidente/mente a crer
nos que me mentem
uma flor nasceu em Hiroshima
e em Auschwitz havia um circo
permanente.

Mentem. Mentem caricatural-
mente.
Mentem como a careca
mente ao pente,
mentem como a dentadura
mente ao dente,
mentem como a carroça
à besta em frente,
mentem como a doença
ao doente,
mentem clara/mente
como o espelho transparente.
Mentem deslavadamente,
como nenhuma lavadeira mente
ao ver a nódoa sobre o linho. Mentem
com a cara limpa e nas mãos
o sangue quente. Mentem
ardente/mente como um doente
em seus instantes de febre. Mentem
fabulosa/mente como o caçador que quer passar
gato por lebre. E nessa trilha de mentiras
a caça é que caça o caçador
com a armadilha.

E assim cada qual
mente industrial? mente,
mente partidária? mente,
mente incivil? mente,
mente tropical? mente,
mente incontinente? mente,
mente hereditária? mente,
mente, mente, mente.
E de tanto mentir tão brava/mente
constroem um país
de mentira
-diária/mente.

Affonso Romano Sant’Anna
Publicado no livro Política e paixão (1984)


sábado, 4 de junho de 2011

"A Loucura da Normalidade"

 Fonte: google images

 "Só há um caminho para a verdadeira libertação e, com isso, para a experiência arriscada da mudança: enfrentar a dor sobre a traição cometida contra si próprio. (...) não chega entender a própria história, mas não chega tampouco «entender» apenas a violência social que influencia o desenvolvimento do indivíduo. Apenas com isso não se pode explicar porque uma pessoa vai dar em assassino. É preciso debruçar-se sobre a sujeição; levou uma pessoa a odiar-se e, a seguir, tudo que seja vivo a sua volta por estar a lembrar-lhe o que fez. O mal, a destrutividade, a desumanidade - tudo isso tem as suas raízes na incapacidade de assumir a responsabilidade pela longínqua decisão de prescindir do direito - adquirido pelo ato de nascer - de ser o que se é. Evidentemente, o mal e a desumanidade não soa possíveis sem estruturas e instituições sociais de apoio que encobrem a subjugação e a dependência, e identificam a obediência com uma atuação «responsável»." 

Estava na biblioteca a procura de um livro. Não um livro qualquer, mas sim algo fora do comum... Precisava algo conflituoso, interessante e verdadeiro. Ao deslizar os dedos pelas lombadas dos livros, toquei num que, entre tantos outros me chamou a atenção, simplesmente pelo seu título desafiador - A loucura da Normalidade - do autor Arno Gruen.
É um livro do qual recomendo aos meus amigos leitores, pois suas palavras fazem-nos pensar, refletir, analisar e avaliar tudo o que nos rodeia, e, principalmente, criar um confronto com nós próprios. No bom sentido, para quem o souber fazer sem se deixar subjugar.
A citação do livro que postei acima é apenas uma pequenina demonstração do mesmo... 
No decorrer da minha viajem literária passarei por aqui para deixar-vos alguns pensamentos do autor... e meus também...
De certa forma o livro está a ser de grande utilidade para mim...
Espero que também seja para vocês, amigos leitores...

Ana Sousa

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Selva Humana

  Obra de Francisco José de Goya

Esta guerra que nos envolve...
Não é recém nascida
Já pairava antes mesmo de eu me reconhecer diante do espelho como algo... como alguém...

Essa guerra de que falo
É a necessidade que o ser humano tem de provar o seu "poder" sobre o "subordinado"
É o querer ultrapassar os seus próprios limites somente para ultrapassar o do outro, e não com o fim de evoluir como pessoa...

É o prazer em ver o desprazer de quem o rodeia...
O egoísmo... tudo Meu!!!
Egocentrismo... somente Eu!!! Mas e Eu???

É o "deixa andar... isto um dia há de mudar..."
É o "desenrasca-te sozinho, assim como eu o fiz..."
É o "já devias saber isso..." (enquanto grito por dentro: mas eu já sei! Sei muito mais do que deveria saber! Muito mais do que você, que me julga não saber!)

O conflito interior que explode dentro de mim questiona:
Porque? Para que? Para quem?
Estarei eu a exagerar... a fantasiar... imaginar
Ou tudo isto realmente está a se passar?
Serei eu anormal, fora dos padrões ou do contexto necessário de sobrevivência 
Nesta selva de seres humanos
Famintos...raivosos...selvagens...

Refletindo...
Tenho... temos de sobreviver
E imagina aonde!?!?
Isso mesmo!
Nesta selva de gente "sã"...

Assim sobrevivemos... e vivemos
Mas permito-me dizer que prefiro continuar anormal...
Que me deixar corromper
Por essa sanidade doente
Que nos engole
Nos devora
Nesta selva de seres humanos...

Aninha

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Falso "eu"


Há quem creia tanto no seu falso "eu" transmitido ao mundo 
ao ponto de entrarem numa realidade paralela ao real, ao verdadeiro
até que este falso eu
faça parte da sua essência
mesmo que não faça verdadeiramente...
aquilo em que se crê
e aquilo em que se torna, se transforma...

Aninha

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

      Image by: Fábio Moraes

 A razão na maioria das vezes é uma vitória vazia...


Aninha

Não há cedo 
Muito menos tarde...
Tudo se transforma até que o nada seja tudo
E do tudo 
Tudo se renasça.


Aninha

Puramente puro

Image by: Bill Brandt
 

Não te prendas demais 
a nada mais
do que o tempo que dura o encantamento do momento.

Não plantemos ânsias nos outros que os façam forçar algo...
Apenas tente abraça-los numa grande onda
Em vez de deixa-los divididos
ou até perdidos.

Sejamos  puramente puros
Mantendo a mesma essência que aquele anjo depositou em nós.

Trabalhemos 
Mas não façamos desta condição uma pena grave a ser cumprida...
Esta condição é apenas um meio
e não um fim.

Não importa o porque, para que, ou com quem...
O que importa é manter a mente sadia
Trazendo de volta 
Desta longa demora
Ideias brotadas em olhos nascentes
Nos lábios de outrora.
Faça com que a nudez retorne a si pura outra vez
Para sempre...
Sem se perguntar porque.


Aninha

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

É essencial ter-mos na nossa essência 
humildade
coragem
honestidade
sinceridade
esperança
compaixão
sensibilidade
inteligência
amor
e... principalmente 
compreensão acerca de tudo na vida...
Estas são virtudes imprescindíveis para a nossa paz interior e a harmonia com o mundo exterior.
A culpabilidade, o oportunismo, o egoísmo e a vingança nos destrói completamente, afectando nosso carácter...


Aninha

sábado, 16 de outubro de 2010

Obra de Salvador Dali: Infinite Enigma

Se quiser doar um pouco de si aos outros
terá de aprender a enxergar as lágrimas não choradas...
as angústias não ditas, os medos nunca expostos...
Ao analisarmos calados, quietos e pacientes, conseguimos extrair mais de tudo que está a nossa volta do que ao questionar e pressionar ansiosamente por respostas que querem calar... 
Tudo virá no momento certo se estivermos preparados.



Aninha

Teatro da Vida

Obra de Salvador Dali: lugubrious game

Cada dia que se passa é um espectáculo...
E a vida é um show, onde nós próprios temos o poder de escolher o palco... mas nem sempre os actores que participam deste magnífico teatro da vida...
Só não se apercebe dos detalhes da trama de cada história quem está terrivelmente afectado pelo tédio que habita dentro de si.
Não podemos culpar o exterior pelo ócio, tédio, e inexistência de mudanças na vida... A culpa é apenas nossa... basta uma pequenina acção para mudar uma vida inteira!
O drama, a comédia e o suspense estão todos em nossa mente.
Basta desperta-los.

Aninha

quinta-feira, 19 de agosto de 2010


“A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o viajante se sentou na areia da praia e disse: ‘Não há mais que ver’, sabia que não era assim. O fim duma viagem é apenas o começo doutra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na Primavera o que se vira no Verão, ver de dia o que se viu de noite, com sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para os repetir, e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre.”

Livro Viagem a Portugal de José Saramago

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Nero


 Nero...
Se o Nero, meu cão pudesse falar
estaríamos horas a conversar
A falar sobre a vida
e ele com certeza e com toda paciência iria a me escutar,
e depois me lamberia
Acabando de vez com toda melancolia…

Mas conversamos
Sim…falamos
Através de olhares…de gestos
Nos entendemos na nossa própria linguagem.

As noites de insónia já não me atormentam mais,
pois ele está sempre ali para me confortar
A me dar beijinhos
A cheirar
Mesmo sem saber ao certo o que se passa
Diz-me que tudo irá passar.

Quando era filhote era tão pequenino
Agora tornou-se num bebé grande…tão querido
Que anda sempre…sempre comigo
Ensinando-me no dia a dia coisas sobre o seu mundo canino.

Ao amanhecer todos os dias, ele contente insiste
em me mostrar que melhor dono no mundo não existe

Aprendemos juntos, um com o outro
Que a amizade vale mais…muito mais do que ouro

Seus olhos envolventes, a todo instante contagia
Simplesmente derreto-me… meu coração enche-se de alegria
Vivendo na cumplicidade mais linda, jamais vista
E na certeza que pelo resto da vida ele sempre me amaria

Nunca me julgando
Me apontando
Sempre me respeitando
E mesmo quando nos zangamos
Ele vem com sua humildade
Pedindo perdão com todo seu encanto.

Meu Nero
Meu amigo
Meu filho
Meu companheiro
Meu querido
Estarás sempre comigo.

Aninha





Lições de cão:

Nunca deixar passar a oportunidade de sair para passear
Sentir o ar fresco e o vento na sua cara por puro prazer
Correr para saudar alguém de que gosta que se aproxima
Praticar a paciência e obediência mesmo quando não se tem vontade
Demonstrar quando necessário, que se sente incomodado ao invadirem seu espaço
Dormir o máximo que puder e se espreguiçar quando acordar
Correr, pular, brincar e sorrir diariamente
Comer com gosto, mas parar quando estiver satisfeito
Ser sempre leal
Não pretender ser algo que não é
Se algo que queira estiver enterrado, cavar até encontrar
Deixar que te toquem de vez em quando
Evitar morder quando um simples rosnado resolver o problema
Tomar banho de sol deitado sobre a relva
Alegrar-se com o simples prazer de uma caminhada na companhia de quem goste
Quando for censurado, não ficar triste, perdoe e volte para os amigos
Quando alguém estiver passando por um dia ruim, ficar próximo, apenas em silencio…

Se todos nós conseguimos seguir a sabedoria dos cães, a vida teria uma outra face… tente…

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Infância


Image: google images

 Saudades
Dos tempos de criança
Tempos que não voltam
Tempos de infância

Infância que o relógio insistiu em passar com tanta pressa
Mas que ao fechar os olhos e olhar para dentro, ainda se pode senti-la

Ah aquela infância
Que tempo algum apaga
Já nada a pode mudar agora
A bela inocência espontânea

Onde havia ingenuidade
Traumas ou medos não existiam
Todos eram bons e o mundo era um mundo melhor
Até podia acreditar em mim mesma
Veja que loucura!

Onde pensava que os loucos eram mesmo loucos
E os ditos normais se podiam confiar…

Grande inocência da infância

Onde apenas um banho de chuva era o suficiente para fazer o dia mais feliz
Onde todos os sorrisos eram verdadeiramente sentidos
Onde as amizades eram puras; eram sinceras; eram fiéis
Onde os relacionamentos eram desinteressados
Se enxergava tudo ao redor de uma maneira mais simples
Onde não se preocupava com o dia seguinte, em falar errado, em cantar desafinado, em rir alto ou se sujar comendo chocolate
Onde não havia preconceito algum, porque todos eram iguais.

Mas a infância continua dentro de cada um de nós
Nem todos sabem que ela lá está
Basta ser inocente bastante
Para ser uma eterna criança.


Aninha


“Tudo o que dorme é criança de novo. Talvez porque no sono não se possa fazer mal, e se não dá conta da vida, o maior criminoso, o mais fechado egoísta é sagrado, por uma magia natural, enquanto dorme. Entre matar quem dorme e matar uma criança não conheço diferença que se sinta”.

(Fernando Pessoa)


quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Entre



Entre
Tome um chá
Mas não demore a me olhar... a me observar…
Ao me observar poderá enxergar abismos, que posso não querer compartilhar.
Entre, acomode-se no sofá, acenda um cigarro se assim desejar
Mas não tente decifrar minhas palavras
Decifrar a minha alma
Elas podem estar a esconder algo que não quer mostrar...
Entre
Sinta o cheiro do perfume que vem de minha alma através de minhas palavras
Mas não se arrisque em perfura-la, ela tem feridas abertas que precisam cicatrizar.
Entre devagar para não se assustar…
Mas entre se conseguir respirar...
Entre, beba o chá, observe, acomode-se, sinta o perfume, viaje…
Sem pressa…
Pois a minha alma já corre…


Aninha

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Quando este mundo irá mudar?


 
Image by: http://www.aclu.org/blog


"Patente de gene humano causa polêmica nos EUA

Myriad Genetics é uma empresa de saúde focada no desenvolvimento e comercialização de novos produtos de diagnóstico molecular, "empenhados" em "melhorar" a saúde dos pacientes através da comercialização de medicina preventiva, personalizada, e produtos medicinais prognóstico.  

Mas a investigação genética é cara, portanto, seus interesses são maiores.

A justiça dos Estados Unidos decidiu a anulação da patente da Myriad Genetics, dizendo que o DNA registado pela empresa não é diferente do DNA natural, encontrado em todos os seres humanos.

Essa questão começou depois de uma paciente, do estado de Massachusetts, ter retirado os dois seios por causa de um câncer e agora precisa fazer um teste para saber se conseguiu vencer a doença. Mas o teste custa quase R$ 5,4 mil e só é fornecido por uma empresa: a Myriad Genetics.
Ela investiu milhões de dólares em pesquisas e patenteou a descrição e o isolamento do gene humano que, se tiver sofrido uma mutação, pode desencadear o câncer, tanto no seio como no ovário.
A paciente, assim como várias outras mulheres do país, não tem recursos para pagar o mesmo exame, que pode detectar se a gene ainda sobrevive ou não.
A Associação de Defesa das Liberdades Civis entrou na Justiça em maio do ano passado contra a empresa que desenvolveu a pesquisa, para tentar quebrar o monopólio e baixar os preços dos testes. Nesta semana, um juiz do Tribunal Federal de Nova York decidiu pela anulação da patente.
O juiz diz explicitamente em sentença que os genes humanos são produto da natureza e que, portanto, não podem ser patenteados. A decisão, tomada num tribunal, reacendeu a discussão: quem deve, afinal, financiar as pesquisas genéticas em seres humanos? Empresas comerciais ou o Estado?
A Myriad Genetics diz que só consegue desenvolver novos testes e remédios com o dinheiro da venda de seus produtos patenteados. Já a representante da Associação de Defesa das Liberdades Civis nos Estados Unidos diz que pesquisas assim devem ser feitas pelas universidades públicas.
A reportagem ouviu a geneticista brasileira Mayana Zatz, uma das principais pesquisadoras do Brasil neste campo. Na opinião de Mayana, a decisão da justiça americana é importante para pacientes e até cientistas de todo o mundo, que terão acesso livre ao que já foi descoberto, citando também a questão do financiamento: “Eu acho que existe muita pesquisa ainda, que é por parte de estado, que visa simplesmente o avanço da Ciência, o benefício do paciente, da saúde pública, e existe a pesquisa onde você vai gerar produto e, nesse sentido, a iniciativa privada tem interesse em investir e, dependendo do caso, é justo pedir uma patente, mas não quando você descobre mutações naturais. Não tem aí nenhuma criação. É simplesmente uma descoberta de uma coisa natural que já existe nos nossos genes”.

Algumas companhias de seguros cobrem a análise, mas a Myriad Genetics mantém o controle de tudo, não autorizando nenhuma outra empresa, hospital ou médico a ter acesso aos genes de seus pacientes e impedindo-os de efectuarem testes genéticos. Já houveram tentativas através de entrevistas de saber mais a respeito do assunto, mas dizem apenas que não são autorizados a falarem mais sobre o assunto.
Mais de 400 mil mulheres fizeram a análise, mas somente a Myriad tem acesso a imunidade, aos testes e até a medicamentos que podem proporcionar a cura das doenças, utilizando esse poder que tem sobre os seus pacientes e os genes dos mesmos para ganharem dinheiro.

Isso é um absurdo e tem que mudar!




 

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Tango




Alma de loca

"Milonguera bullanguera, que la vas de alma de loca,
la que con tu risa alegre vibrar hace el cabaret.
La que lleva la alegria en los ojos y en la boca,
la que siempre fue la reina de la farra y del placer.
Todo el mundo te conoce de alocada y jaranera.
Todo el mundo dudaria lo que yo puedo jurar,
que te he visto la otra noche, parada en una vidriera,
contemplando una muñeca con deseos de llorar.
Te pregunté que tenias y me respondiste: nada.
Adivinando al verte, tan turbada,
que era tu intento ocultarme la verdad.
La sonrisa que tus labios dibujaban quedó helada
y una imprevista lágrima traidora
como una perla de tus ojos fue a rodar.
Quién diria, milonguera, vos que siempre te reíste,
vos que siempre te burlaste de las penas y del amor,
ibas a mostrar la hilacha, poniendote seria y triste
ante una humilde muñeca, modestita y sin valor.
No te aflijas, milonguita, yo te guardaré el secreto.
Por mi nunca sabrá nadie que has dejado de reir,
mas no vuelvas a mirar a la pobre muñequita
que te recuerde los dias que ya no podrás vivir.
Rie siempre milonguera bullanguera casquivana,
para que quieres amargar tu vida
pensando en cosas que no pueden ser.
Corre un velo a tu pasado, sé milonga, sé mundana,
Para que así así los hombres no descubran tus amarguras,
tus ternuras de mujer."

Carlos Gardel


terça-feira, 27 de julho de 2010

Image by: Meirou

Temos muita coisa a aprender, apesar de as vezes nos acharmos sábios demais...
Temos de ser nós mesmos, mesmo quando é preciso atuar... 
O nosso próprio sinismo nos rouba o carácter... não se pode perder a nossa essência no meio do caminho...
As aparências enganam sim, mas precisamos prestar atenção aos sinais... pequenos porém grandes sinais... amostras de personalidades que nos permitem enxergar além... por vezes até mais além do que eles próprios conseguem enxergar...

Aninha

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Procurei



Procurei flores naquele porão húmido… por entre as tábuas… lar dos escorpiões

Procurei naquela sombra o desenho real do meu reflexo

Procurei entre os vestidos
Por entre aqueles sapatos que andavam em chão minado prestes a explodir
Chão que não era mais meu
Me encontrar me perdendo de vez

Procurei pelas noites de falsa alegria um sorriso rastejante

Procurei não me desfazer entre o corpo dividido em dois e a alma dividida em mil

Procurei verdade entre as palavras entrelaçadas com cetim que escorregavam pelos lábios de quem não queria falar

Procurei o ar naquela respiração contida… quase morri sufocada

Procurei ir embora no fim daquela infinita espera do final

Procurei a paz entre os escândalos da hipocrisia

Procurei uma visão que me fizesse enxergar algo que não fosse a verdade…
Algo que não fosse a sola negra e gasta dos meus sapatos

Procurei muito
Encontrei muito menos
Apenas tudo aquilo que não quis
O que achava que não
Encontrei a mim…


Aninha
 




Acredite no poder da atração!

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